domingo, 8 de fevereiro de 2015

Aumentando a memória interna do seu Android


Descubra como aumentar a memória interna para instalar mais aplicativos do que caberia normalmente no seu Android e maximizar seu investimento dando uma sobrevida ao seu aparelho.

Para quem é usuário do Android sabe como é tentador percorrer a loja do Google atrás de novidades em aplicativos. Às vezes, é comum procurar aplicativos com funções idênticas aos que já usamos só porque o outro app tem uma aparência melhor. E não só de aplicativos sociais que vivem os usuários do Android. Além das inúmeras ferramentas úteis para o dia-a-dia, existem as inúmeras ferramentas para melhorar o sistema, personalizar ou inserir funcionalidades extras. E claro, não vamos esquecer dos jogos.
Um movimento notado nos últimos meses é um aumento considerável no tamanho dos aplicativos. Quanto a jogos, não há o que reclamar. Isso era esperado. Os jogos para a plataforma Android estão ficando mais complexos, com maior qualidade e “maiores” no desafio, o que evidentemente, se traduz num maior tamanho do pacote do software ou downloads monstruosos de mais de 500 MB jogados para o cartão SD.
O mesmo também está ocorrendo com aplicativos como das redes sociais, por exemplo. Ganhando novas funções e melhorias a cada dia, esses aplicativos que no começo ocupavam algo em torno de 10MB, hoje ocupam quase 20 MB ou até mais que isso. Parece pouco, mas pense que se você faz parte de várias redes sociais, como Google Plus, Facebook, Twitter, Instagram, Pinterest, Path, entre outros, imagine a soma deles o que resultará no espaço final ocupado por esses aplicativos.

Ainda temos os aplicativos para fotos, com seus conjuntos de filtros e tudo isso é muito grande quando somados todos. Ainda posso citar aplicativos que estão sendo portados para Android, que existiam na plataforma da Apple, como o Cinemagram, Vine, e mensageiros como o Whattsapp, MessageMe, Viber, só para citar alguns essenciais para a maioria dos usuários que são grandes consumidores de espaço.

Mas, mesmo os aparelhos atuais, com quatro ou oito GB de memória, com todas as opções de aplicativos citadas acima “indispensáveis” para a maioria, não chega a ser uma vantagem tão grande. Isso porque, o espaço reservado para instalação de novos aplicativos não é o espaço total anunciado. Na verdade, só parte desse espaço fica para a instalação de softwares. Entre 1 a 2 GB é o espaço disponível, sendo o restante é para salvar documentos comuns e que podem ser expandidos por meio de um cartão SD.
O Google a muito percebeu esse detalhe de que logo o usuário ficaria com pouco espadço disponível, e introduziu uma tecnologia no Android para que você possa mover parte do pacote do aplicativo para o cartão SD, liberando algum espaço para mais apps. No entanto, isso até ajuda, mas está longe do ideal. Ao mover um aplicativo para o cartão SD, você além de não movê-lo todo, quando você precisa conectar o cartão SD no PC (abrir no gerenciador de janelas do seu sistema operacional), os aplicativos movidos ficarão indisponíveis. E isso tem um motivo que vamos explicar.
Quando você conecta seu aparelho via USB no PC, você pode montar o cartão SD para explorar com o gerenciador de arquivos do sistema, para copiar arquivos, visualizar, etc. Nesse momento, enquanto você está acessando pelo PC, o Android não tem acesso ao cartão SD, e consequentemente, não terá acesso aos aplicativos que foram movidos para o cartão. Felizmente, dado que o Android é um sistema montado sobre uma base Linux, sempre há formas de se contornar qualquer limitação.
O Linux é um sistema poderoso e flexível. Não fica “preso a regras” que outros sistemas possuem. O que vamos ensinar aqui é: Como mover aplicativos para o cartão SD, sem deixá-los indisponível e movê-los completamente, o que inclui o pacote do software, o cache dalvik (um cache criado para acelerar a abertura do app e que ocupa mais algum espaço), e bibliotecas do aplicativo caso haja. Tudo de forma bem simples.

Requisitos

Para que a mágica seja feita, é necessário que seu aparelho possua root. Se não está familiarizado sobre o assunto, veja uma explicação do que é aqui. Também será necessário um kernel que suporte o sistema de arquivos EXT2, EXT3 ou EXT4. Alguns

Colocando a mão na massa

Desligue o aparelho, e remova o cartão SD. Coloque o cartão no adaptador e conecte ao computador para ter acesso ao conteúdo. Agora passaremos ao processo, não esquecendo de copiar os arquivos para um local seguro no computador, o famoso backup.
Aqui explicaremos como particionar e formatar o cartão SD com uma ferramenta no Windows e uma no Linux. Mesmo para quem não usa Linux, pode se aproveitar do tutorial que cita o Gparted, presente na maioria das distribuições, como o Ubuntu. Para usá-la, não requer instalação, basta um boot com a mídia gravada com o sistema operacional do pinguim. No Windows, usando o MiniTool Partition Wizard
Usando o Mini-Tool, uma ferramenta de particionamento disponível para plataforma Windows que pode ser obtida aqui, permite criar, excluir, redimensionar e formatar partições. Esse é o recomendável por dar suporte a formatação em EXT2, que usaremos no tutorial. Proceda normalmente, sem medo. Nenhuma modificação terá validade enquanto não clicar no botão Apply (aplicar).


Com o MiniTool instalado, identifique seu pendrive nas partições que aparecem. O programa possui uma interface bastante intuitiva. O cartão SD vai ser qualquer uma das unidades diferentes de C:. Nesse caso, é fácil identificar pelo tamanho, quase alcançando os 8GB, referente ao tamanho do cartão usado nesse guia, e formatado em FAT32.
É importante desconectar qualquer pendrive ou HD externo conectado, para evitar acidentes, como por exemplo, formatar um pendrive achando que é o cartão SD. Identificada a partição, clique com o botão direito do mouse, e escolha Move/Resize (Mover/Redimensionar)


Na janela que abrir, há duas setas, uma em cada lado do retângulo que representa a partição do cartão SD. Clique na seta da direita e, mantendo o botão clicado, mova para a esquerda. Note que enquanto você move, em Unallocated Space After ( algo como Restante do espaço não alocado) aumenta de tamanho. É aqui que você deverá escolher o tamanho mais apropriado para suas necessidades


Clique em OK para confirmar e fechar a janela. Você já verá no gráfico que existe um espaço não alocado, restando agora a tarefa de apenas criar uma partição naquele espaço e dar um formato a ela. Clique com o botão direito em cima do gráfico e escolha a opção Create (criar). Isso irá abrir uma janela de opções.

Na janela de opções, você precisa selecionar um formato para a partição, o que pode ser feito na lista em File System. Escolha a opção EXT2. O motivo de escolher o EXT2 ao invés do EXT3 ou EXT4, se dá para preservação do cartão SD, dado que o EXT2 não possui journaling, não reduzindo o tempo de vida do cartão a longo prazo.. Em todo caso, é mais comum o kernel padrão trazer suporte até o EXT3. Para garantir compatibilidade, usaremos o EXT2.
Perceba que você também pode diminuir (não aumentar) o tamanho da partição anteriormente escolhida, em Partition Size. O normal é deixar esse valor inalterado


Clique em OK para confirmar e fechar a janela de opções. O cartão SD está quase pronto, bastando para isso clicar no botão Apply e esperar terminar a operação.


No Linux, usando o Gparted
Para quem usa o Linux, já conhece bem a famosa ferramenta gráfica de particionamento presente senão em todas, com certeza na maioria das distribuições amigáveis. E claro, é possível também usá-la via liveCD ou livePen, que você pode obter aqui. Você também pode usar o Ubuntu que também possui o GParted, e pode conseguí-lo aqui. Qualquer dessas opções são gratuitas.
Para criar um LiveCD no Windows com alguma dessas opções, pode usar o ImgBurn. Para a criação de um LivePen (um pendrive bootável), siga esses passos para o programa Yumi. É preferível usar o Gparted ao invés do MiniTool no Windows citado acima, visto que erros podem acontecer se o Windows estiver comprometido com vírus. Embora o MiniTool seja uma excelente ferramenta, depende do sistema Windows em perfeitas condições para o funcionamento correto.
Conecte o cartão SD no computador e abra o GParted. Em sistemas instalados, será preciso digitar a senha de root. Para liveCD ou livePen, não será necessário visto que já executam com poderes administrativos. Procure o seu cartão SD, que você pode identificar pelo tamanho ou Label (nome) da partição caso haja. No Linux a nomenclatura é diferente do que ocorre no
Windows. Novamente, desconecte qualquer outra unidade removível para que não haja confusão. E lembrando, que nehuma modificação é definitiva enquanto não clicar no botão Aplicar.


Basicamente, a primeira unidade de armazenamento recebe o nome de sda, a segunda de sdb, a terceira de sdc e assim por diante. E cada partição dentro de qualquer unidade é numerada. Por exemplo, na primeira unidade de armazenamento, temos o sda e na primeira partição 1, ficando sda1. Ainda na primeira unidade de armazenamento, se tiver uma segunda partição será a 2, ficando sda2 e assim por diante.


Identifique a partição correspondente ao seu cartão na listagem que o programa retorna de unidades conectadas, bem como a nomenclatura. Uma dica é que, se você desconectou todas as unidades como pendrives ou HD externos, o seu cartão SD conectado vai ser a última unidade da lista. Mas confirme antes de prosseguir e tenha certeza da escolha. Ao selecionar a nomenclatura correspondente, o gráfico vai mostrar as condições das partições do cartão SD.


Clique com o botão direito em cima do retângulo ou gráfico para mostrar as opções. É bem provável que o pendrive esteja montado.Nesse caso, selecione a opção Desmontar.


Finalizado o processo de desmonte do cartão SD, clique novamente com o botão direito, dessa vez escolhendo Redimensionar/Mover. Uma janela de opções abrirá mostrando uma seta preta em cada lado do gráfico. Clique na seta da direita e, mantendo o botão clicado mova para a esquerda até o tamanho desejado, visto em Espaço livre após: o tamanho em megabytes. Depois clique no botão Redimensionar/mover.

Depois que a janela fechar, você verá uma área cinza, não alocada. Clique com o botão direito sobre ela, em Novo. Uma janela abrirá, dando opções para a criação da partição e também dar um formato a ela. Em Sistema de arquivos escolha EXT2. Após, basta clicar em Adicionar.


Você já vai notar o gráfico, a área não alocada mudou de cor. Nada está pronto ainda, para completar é necessário clicar no botão Aplicar, como mostra a figura abaixo.


Terminado o processo de particionamento, seu cartão SD agora possui duas partições. Você só terá acesso a primeira delas, onde salvará seus arquivos. A outra ficará oculta, sendo usada apenas para salvar aplicativos.

Ativando a segunda partição do Cartão SD no Android

Agora que você terminou de particionar seu cartão, feche os programas e remova-o (desmonte) com segurança do computador. Coloque o cartão SD no aparelho e ligue o Android. Não é comum, mas se caso houver algum erro, basta desligar e ligar o aparelho novamente. Inicializado o sistema, você não vai notar nada de diferente, a não ser que o espaço mostrado do cartão SD diminuiu.
Também não notará mundança no espaço interno do aparelho que continuará o mesmo. Agora, o aplicativo necessário para fazer a mágica funcionar, que é o Link2SD, obtido aqui. Após, abra o aplicativo. Na primeira vez, será pedido permissão de root (necessário!). Concorde autorizando o programa. Logo, uma tela pedirá confirmação para a criação do scritp necessário para acesso da segunda partição. Também deve autorizar.

Terminado a criação do script, o aplicativo pergunta se você deseja reiniciar. Você pode concordar e imediatamente o Android reinicia, ou reiniciar pelo modo normal do Android. Após a reinicialização do sistema, abra novamente o Link2SD. Caso tenha dado tudo certo, o Link2SD irá


listar os aplicativos que você possui instalado.
Conhecendo o Link2SD
O Link2SD não faz nada mais nada menos do que linkar os aplicativos para a segunda partição. Ele gera scripts no sistema que serão lidos durante o boot para a montagem da segunda partição, e a interface do aplicativo permite a criação dos links de forma fácil e sem necessitar recorrer ao terminal.
Por baixos dos panos, o funcionamento não é algo complexo. No entanto, há uns pontos a levantar para que você entenda o porque alguns aplicativos podem ser linkados e outros não. Os aplicativos que já vem pré-instalados no Android, ou mesmo aplicativos inseridos pela sua operadora, ficam no diretório /system/app, um diretório do sistema e reservado para ele. Aplicativos que você baixa do Google Play ficam no diretório /data/app.
A direferença entre um e outro são as permissões. Enquanto na pasta /data/app você pode instalar e remover aplicativos, no diretório /system/app, por questões de permissão, você não possui acesso, visto que remover aplicativos do sistema iria causar a quebra do mesmo. Posto isso, o Link2SD cria links somente no diretório /data/app.
Então, apesar de você conseguir remover aplicativos (bloatware) inseridos por operadoras no sistema com um Android rootado, linkar para a segunda partição não compensa. Em caso de falha no cartão iria comprometer todo o sistema operacional. Ou seja, aplicativos do sistema você não irá conseguir linkar, mas poderá remover (use esse recurso com cuidado!).


Na parte superior, há ícones que permitem alterar ou filtrar os aplicativos que irão aparecer. Use da forma que melhor convém. Você pode filtrar apenas arquivos do sistema, aplicativos baixados por você, os já linkados, etc. A listagem pode ser modificada para mostrar uma ordem diferente dos aplicativos, como tamanho, data, nome, tamanho total, etc.


O aplicativo organiza bem as informações na lista, com fontes em tamanhos variados e destaque com realce em cores diferentes de acordo com a informação e importância. Tudo para um rápido entendimento. Aplicativos que são do sistema, mas receberam atualização são destacados em verde, enquanto que os já linkados possuem a informação em laranja.

Toque em algum aplicativo da lista para aceder as opções. Você verá botões com a possibilidade de mover para o cartão SD, que não é o que queremos. Ao mover para o cartão é feito o mesmo processo que o Android faz, e move somente parte do aplicativo. Mais abaixo você verá a opção Link Simbólico e dois botões.                          

Basta tocar no botão para criar o link, e esperar o processo acabar. Pronto. O aplicativo estará linkado e todo o espaço antes ocupado por ele na memória interna foi liberado. Você tem a opção de linkar o apk (pacote do aplicativo), o cache dalvik, e alguma biblioteca se houver, Você decide o que quer linkar e manter na segunda partição
Além das opções de linkagem, o aplicativo oferece opção para integrar uma atualização de algum aplicativo do sistema que ficam em pastas diferentes e ocupando espaço (use com cuidado), congelar, desinstalar, entre outros.

Mover os aplicativos para o SD permite resgatar muita memória que é ocupada pelos cada vez maiores apps. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados;
Evite mover aplicativos que possuem Widgets na área de trabalho do Android;
Movas os aplicativos menos importantes ou os não tão usados, para em caso de falha no cartão SD, você ainda conseguir utilizar aqueles aplicativos mais úteis à você;
Se você quiser remover o cartão SD, desligue o aparelho. Não remova com o aparelho ligado mesmo usando a opção do Android de remoção.

Em caso de problemas

Sim, problemas podem acontecer. Mas não se preocupe que não se trata do funciomaneto dos aplicativos após movê-los para a segunda partição. Em raros casos, e depende muito do aparelho, pode acontecer um atraso para os apps aparecerem no launcher. Só. Não funciona depois de reiniciar o celular e abrir o aplicativo
Isso acontece se você tiver problemas com a partição EXT2, citado desde o início do tutorial. Você pode usar a partição no formato FAT32 na segunda partição criada. Felizmente o Link2SD dá suporte a esse sistema de arquivo e deve resolver o problema da montagem da segunda partição.
O motivo pelo qual não foi citado anteriormente no tutorial como uma opção válida, é porque o FAT32 não é um sistema de arquivo confiável, é antigo e menos otimizado do que o EXT. Use em caso do seu kernel não dar suporte à partições EXT.
Basta refazer o processo do início do tutorial, conectando através de um adaptador o seu cartão SD. Agora, o programa mostrará as duas partições existentes. Clique com o botão direito no retângulo correspondente a segunda partição, e escolha Format se estiver usando o MiniTool, ou Converter se estiver usando o GParted, e escolha FAT32.
Ok, tudo feito mas estão ocorrendo problemas ao montar a segunda partição
Se você tiver enfrentando problemas para montar a segunda partição, então será necessário que você instale um pacote com um conjunto de utilitários para Linux portado para arquitetura ARM, nesse caso, smartphones e tablets.
Existem aplicativos para fazer a instalação disponível no Google Play. O Busybox Installer ou o Busybox são aplicativos competentes para essa função. Basta abrir o aplicativo escolhido, aceitar a licença de uso e procurar a opção Install. Espere o processo terminar, concedendo permissões de superusuários (root) para o aplicativo.

Instalei tanto aplicativo que meu aparelho está uma carroça!
Nesse caso, não tem outro jeito. Você pode ter contornado o problema de falta de espaço, mas se o processador do seu aparelho for muito fraco, você vai ter lentidão. Isso acontece porque o aparelho foi originalmente criado para suportar uma demanda X de apps requisitando processamento.
O que você pode fazer para minimizar o impacto disso é procurar os aplicativos que possuem serviços rodando em background (ou plano de fundo). Facebook, Google Plus, Twitter, entre outros, que costumam manter serviços rodando para verificações, uploaud de fotos, etc. Prefira os aplicativos que usam o recurso de notificações Push, pois o sistema gerencia isso.
Olhando no gerenciador de processos do Android (Configurações>Aplicativos (na aba) Rodando), ou por algum app com essa função, verifique quais aplicativos aparecem mesmo depois de tê-los fechado ou que você não esteja usando. Os que consomem mais memória RAM ou processador, devem ser excluídos infelizmente.
Muitos aplicativos de jogos, não importa o tamanho, são totalmente finalizados quando fechados. Portanto, esses você pode usar sem problemas, pois que só consumirão recursos enquanto estiverem sendo usados.
Qual a diferença entre essa forma de particionar e a de fazer via recovery?
Nenhuma! A não ser que, pelo recovery, as opções de tamanho são limitadas. Com um particionador externo você tem mais liberdade. De qualquer forma, o resultado será o mesmo, criando uma partição secundária para ser usado pelo Link2SD.

FONTE: superdownloads.com.br




























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