Hoje
em dia a Internet já se tornou algo universal, muitos serviços encontram-se
disponíveis via Web, e não ter um e-mail é quase como não ter carteira de
identidade.
Porém, nem todo mundo tem PC em casa e mesmo para os que tem, acessar via modem não deixa de ser uma facada na conta telefônica no final do mês. Fora os pulsos ainda existe a mensalidade do provedor, linha caindo, telefone ocupado, etc.
Porém, nem todo mundo tem PC em casa e mesmo para os que tem, acessar via modem não deixa de ser uma facada na conta telefônica no final do mês. Fora os pulsos ainda existe a mensalidade do provedor, linha caindo, telefone ocupado, etc.
Neste cenário, montar um Cybercafé equipado com acesso
rápido e tarifas acessíveis pode ser uma boa oportunidade de negócio, pois
atrairá tanto quem não tem PC em casa quanto quem acessa via modem, já que terá
a opção de uma conexão muito mais rápida.
O objetivo deste artigo é dar algumas dicas para quem está
pensando em montar um Cybercafé na sua cidade:
1) Qual seria o formato do negócio,
ou seja, quantos micros, que tipo de conexão utilizar, como controlar o tempo
de acesso de cada usuário, como cobrar, etc?
O número de micros claro vai
depender do tamanho do negócio que você pretende montar. Na minha opinião, a
idéia de um Cybercafé se adapta melhor a um negócio que já exista, uma
locadora, uma loja, uma lanchonete, etc. Neste caso você poderia começar com 4
ou 6 micros e ir aumentando o número de terminais de acordo com o crescimento
do negócio. Mas claro, nada impede que você possa montar um negócio
completamente novo, com mais terminais, etc.
Além de acesso à Internet,
outro nicho promissor é oferecer jogos online, como Quake 3, Diablo 2, etc.
Assim você terá a chance de atrair heavy-users fiéis e não custará quase nada a
mais, já que você já terá toda a infra-estrutura necessária.
2) É melhor 10 micros ou 10
terminais (só monitor, teclado, mouse)? (qual o melhor custo X benefício?)
Hoje em dia não se utilizam
mais redes baseadas em terminais burros, sem dúvida a melhor idéia é comprar 10
micros completos. Não precisam ser micros topo de linha, mas precisam ter uma
configuração adequada para assistir vídeos, rodar jogos online, etc.
Evite comprar micros muitos
baratos, pois a idéia é justamente oferecer um acesso de qualidade. Se o micro
ficar travando toda hora provavelmente o usuário vai preferir acessar de casa.
3)
Que tipo de conexão usar? (rádio, ADSL, etc )
Se já existir opção de acesso rápido na sua cidade, via ADSL ou cabo,
esta seria claro a solução mais barata. Você poderia tanto ter uma conexão só
ligada a um servidor, quanto uma conexão para cada micro, dependendo das
velocidades oferecidas pela operadora, número de micros, etc.
Em São Paulo por exemplo, a
telefônica oferece o Speedy Business, um serviço de acesso via ADSL, com
velocidade de até 2 mbps, cujo acesso pode ser compartilhado livremente entre
os vários micros da rede.
O acesso via cabo está
disponível em velocidades de 64 k a 1 mbps, dependendo da operadora e do plano.
Porém, no caso do cabo, apesar da mensalidade ser mais barata, não é permitido
compartilhar a mesma conexão entre vários micros, você teria que pagar uma
mensalidade por ponto. A vantagem é que cada ponto sairá muito mais barato que
uma mensalidade do Speedy Business de 2 mbps, apesar do último poder compensar
caso sejam muitos pontos.
Finalmente, caso na sua cidade não exista nenhuma opção de
acesso rápido, a solução será alugar um link dedicado junto à operadora de
telefonia local, Embratel ou então, com a Global One (http://www.globalone.com.br) neste caso o custo será bem mais alto, por
isso considere com calma a velocidade do link e a quantidade de terminais.
Lembre-se que a idéia é oferecer acesso rápido e de qualidade, se for para
acessar a 56 k ou menos os clientes vão continuar acessando de casa.
4)
Que tipo de sistema operacional será usado para os
micros?
Creio que o Windows 98 ou
Windows 2000 Professional sejam as melhores escolhas, já que são os sistemas
com os quais os clientes estarão acostumados. O Windows 2000 Professional é bem
mais estável, o que será útil em micros que ficarão ligados o dia inteiro,
rodando sabe-se lá o que. Outra vantagem são os recursos de segurança, que não
são encontrados no Windows 98 e são
igualmente úteis.
Como os micros serão usados
por muita gente diferente, eles precisarão de muita manutenção, por isso, o
recomendável seria manter alguém que pudesse cuidar disso. Ou você mesmo ou
então um técnico contratado. A minha sugestão é usar máquinas da mesma
configuração e criar um disco de recuperação (seja um CD-ROM ou um HD). Este
disco pode ser gerado usando um programa de clonagem de HDs, como o Norton disk
Gosth. Assim você poderia reinstalar rapidamente o sistema nas máquinas,
trazendo-as de volta para a configuração original em poucos minutos. Não se
esqueça de manter um antivírus atualizado ativo em todas as máquinas.
5)
Que programa para rede? (é necessário rede?) Que
programa usar para controlar os acessos?
O próprio Windows, seja 98 ou
2000 já vem com todos os serviços necessários para estabelecer a rede. A minha
sugestão seria usar Win 98 ou 2000 Professional nos terminais, junto com um
servidor rodando o Windows 2000 Server.
A função do servidor seria
compartilhar o link com a Net, servido como um roteador ou servidor proxy,
dependendo do tipo de link que alugar. Outra função que o servidor poderia
executar seria controlar o acesso dos usuários via login.
Ao chegar no Cybercafé o usuário
recebe uma senha. Ele usa esta senha para se logar no servidor e liberar o
acesso. Através do servidor é possível monitorar o tempo que o usuário
permaneceu conectado, não apenas no dia, mas durante a semana ou mês, o que
pode ser usado para criar promoções.
Você também poderia criar diretórios no servidor, onde os usuários
poderiam guardar arquivos. Isto também seria controlado através das senhas. Com
os usuários salvando os arquivos nos diretórios protegidos do servidor, você
poderia fazer a reinstalação do sistema nos terminais, usando o disco de
recuperação semanalmente, ou até mesmo diariamente.
Mais um uso que poderia sugerir seria oferecer um serviço de gravação de
CDs com os arquivos que os usuários baixassem. Isso atrairia muita gente
interessada em fazer downloads ou baixar MP3 por exemplo, atraídas pelos
downloads rápidos. Você ganharia duas vezes, com o acesso em sí e com a taxa
para gravar o CD. Lembre-se que para isso funcionar você precisará de um link
bem rápido.
6)
O servidor tem que ter qual configuração mínima?
Se for apenas para
compartilhar o acesso, um Pentium III 600 com 128 MB de RAM e rodando o Windows
2000 Professional já será suficiente. Se
for para criar o sistema de contas de usuários, diretórios, etc. então um
Pentium III 800 com 256 MB de memória, pelo menos uns 30 GB de HD, rodando o
Windows 2000 Server.
7)
Como ficará a arquitetura da rede?
Monte uma rede Ethernet 10/100,
usando cabos de par trançados blindados, um Hub (também 10/100) com o número
suficientes de portas para os micros da rede e uma placa de rede 10/100 para
cada micro.
Depois de fazer a instalação dos
cabos faltará a configuração da rede. Nos terminais você terá que basicamente
instalar o protocolo TCP/IP e o compartilhamento de arquivos com a rede (que
permitirá o acesso aos diretórios protegidos no servidor, além de possibilitar
a transferência de dados para gravar os CDs).
O servidor será um pouco mais
complicado, pois você terá que configurar as contas de usuário, o
compartilhamento do acesso, etc.
8)
Sugestões de como e quanto cobrar?
A minha sugestão é cobrar de R$
1,50 a R$ 2,50 por hora de acesso. Faça um marketing baseado na qualidade do
serviço e enfatizando que ao se acessar de casa via modem paga-se cerca de R$
1,70 (incluídos os impostos) por hora só com os pulsos telefônicos, para
acessar a 56 k.
Juntando qualidade de acesso com
preços acessíveis, você conseguirá formar uma clientela de usuários que usará o
serviço por muito tempo. Os jogos online são importantes para isso, primeiro
por que são quase viciantes segundo por que com ele você conseguirá atrair os
estudantes, que garantirão que tenha um bom movimento durante todo o dia.
Tendo 10 terminais por exemplo,
e cobrando R$ 2,00 por hora de acesso, com o Cybercafé funcionando 12 horas por
dia, 6 dias por semana, será possível conseguir um faturamento bruto de até
5.000 reais por mês. Sendo bem administrado e bem divulgado, o negócio pode dar
lucro em 6 meses.
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